sexta-feira, 29 de agosto de 2008

La tradizionale pasta al pesto

Bem, para o bom e tradicional pesto genoves (que é aquele feito à base de olio extra vergine di oliva, basilico e pinoli), nada como uma massa tb de origem genovesa: le "trofie".
Em um prato tipico ligure, originario do comune da riviera di levante, Recco, na provincia di Genova. A traduçao literal para a lingua italiana seria "gnocchi", em portugues nhoque, apesar da sua forma toda diversa. E se vcs clicarem na foto verao a particularidade do seu formato.
Uma combinaçao perfeita!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

...da mensagem que me escreveu a minha mae.

"Filosofando sobre a felicidade...
As pessoas , nas suas inconsequencias, a perseguem, enganosamente, na riqueza, no poder, na paixao (variadas) e nas coisas que o dinheiro pode propiciar.
O resultado desta busca nem sempre cumpre os seus objetivos.
Resulta, infelizmente, em grandes desilusoes com coisas e com pessoas...
Pq isto acontece?
Resposta facil.
Procuramos-a nas coisas e nas pessoas erradas.
Pq ela esta nas pequenas coisas, nao nas grandes coisas!
Esqueçamos nossas vaidades, grandes ambiçoes, egoismo, egocentrismo. Para viver nao precisamos de muita coisa e o necessario, para termos uma vida honrada e decente, é reduzir ao maximo aqueles sentimentos que nos geram desencanto, desilusoes e frustraçoes.
Valorizemos as amizades sinceras, um sorriso amigo e a propria vida, com as experiencias que nos proporcionou.
Felicidade é o que lhe desejo nesta data e sempre.
Buscando-a e vivenciando-a dentro de vc, com os ingredientes que lhe sao pertinentes!
Es abençoada e vencedora, livre para a vida, dentro de outros conceitos, vivendo ao lado de uma pessoa muito especial, sincera, amiga e generosa!
Viva esse momento na sua plenitude.
Abraços de sua mae."

Isso ai...
Para se compreender quem eu sou, se precisa saber de onde venho.
E a mensagem de minha mae, para mim, mostra parte disto.
Pena que nao podemos estar, aqui tb, lendo a mensagem que teria, com certeza, me escrito o meu pai, caso ainda fosse vivo.
Pq "presente" é uma coisa muuuito relativa...!
E um dos meus melhores presentes foi o de ter tido os meus pais como meus genitores...
E o outro aqueles bons, mas poucos, amigos: verdadeiros, sinceros, presentes.
E neste grupo tb incluo alguns dos meus familiares.
E, neste dia que me representa , o meu desejo é que vcs tb tenham sempre tudo de bom da vida. Por isto: "carpe diem"!
Bjs à vcs todos.


domingo, 24 de agosto de 2008

...e se, por acaso, eu nao gostar muito de pamonha...?!

Fazendo o "mingau".
O "antes" de começar a coisa...
O resultado final: curau de milho verde salpicado com canela.
Vcs bem devem ter percebido que devo estar cozinhando milho de tudo qto é jeito.
Principalmente pq, aqui, as coisas sao de época, de verdade! E terminando, nao se acha mais.
Como ja expliquei, a variedade de milho que eles plantam aqui nao é uma daquelas que se encontrariam cultivadas no Brasil. Bom...ao menos comercialmente falando, ja que sempre pode ter alguém que cultive no quintal de casa, quem sabe...?
Aqui recebe o nome, absurdo, de granturco, ja que todos sabemos ser uma planta de origem centro americana. E parece que isto se deve ao fato que sao plantas oriundas de sementes de uma variedade que foi criada na regiao da Turquia. De qq maneira seria sempre algo a se pesquizar melhor para esclarecer bem esta història, se alguém estiver interessado.
Sei que quase todo mundo é adepto da pamonha, mas para o gosto da minha familia e desde os meus avòs, o curau é o "must" dos doces com milho verde. Pode ser até que seja algo genético: boh!
Meu avo materno, minha mae e eu, mm, sempre fizemos e comemos curau. Eles ralando as espigas e eu, bem...eu usando aquele liofilizado da marca Qualimax, se me lembro bem e SE AINDA é que existe.
Entao aconteceu que me vi sem esta muito pratica possibilidade, que aqui nem fazem curau e muito menos, ainda, vendem pacotinhos vapt-vupt.
Mas a minha familia sempre faz TUDO a olho, o que para mim é uma coisa que beira à impossibilidade e a incompreensao...
Sò me lembro que, durante uma "crise de abstinencia", de ter pegado uma bendita receita, anos faz, de uma empresa que produz graos, ai no Brasil. E eles que me desculpem, que nem me lembro mais onde e quem eram...mas que agradeço muito.
Enfim... eu tenho, todos os anos, milharais aqui do lado de casa. E 'ta bom, um monte plantaçao de tabaco, tb. O caso é que o tabaco eu dispenso, mas as espigas nao!
E, louca por facilitar as coisas, bato os graos no liquidificador, que assim poupo meus dedos, que nao fazem parte da receita.
E desta vez resolvi passar o liquido obtido primeiro pelo escorredor e depois pela peneira bem fina, sem deixar os residuos muito secos.
A idéia era separar a primeira leva, em porçoes congeladas, para usar para fazer bolo de milho, que eu quero tentar depois.
E o 2° residuo eu usei para fazer um creme de milho com os graos que sobraram da receita e que eu refoguei e cozinhei. E que ficou muuuuito bom.
Afinal, depois de anos dando cabeçada colhendo milho verde demais, que nao dava ponto de curau, finalmente entendi a coisa!...
A receita serve como base, sò isto. Pq apòs obter o suco do milho e deixar que "assente", devemos perceber se o amido é suficiente para fazer um mingau grosso com o leite que pensamos em colocar. Numa danada questao de bom senso: ufa...!
O amido é aquela pasta gomosa que teima em ficar grudada no fundo do recipiente onde esta o suco. E qq um que seja entendido em mingau, ou mm um bechamel, vai ter uma idéia, mm que aproximada, se aquela "maizena" ali, darà o ponto justo. Pq o tal do mingau, depois de pronto e na geladeira, deverà ter um ponto de corte, sim, mas permanecer cremoso. Sacou?
Mais uma daquelas coisas faceis, facinhas de tudo, mas com uma natureza dificil, pq simples demais.
Entao é isto.

Curau de Milho Verde
3 xicaras de graos de milho verde (+-8 espigas gdes)
1 xicara de agua
5 xicaras de leite
1 e 1/2 xicaras de açucar
2 colheres de sopa de manteiga
1 colher de cha de sal
canela para polvilhar
Bater no liquidificador, sem exagerar, os graos de milho com o copo de agua.
Passar este composto por uma peneira fina, ja sobre a panela que irà ao fogo, obtendo um suco de milho verde.
Acrescentar o resto dos ingredientes.
Levar em fogo médio/alto, mexendo de vez em qdo até que comece ferver.
Entao, abaixar o fogo ao minimo e mexer sem parar por ao menos 15 minutos, até obter o ponto de mingau grosso.
Despejar no recipiente que se escolheu, tendo o cuidado de ter-lo umidecido antes, sem enxugar, so escorrendo o excesso de agua.
Salpicar bem com canela ralada e levar à geladeira atè que fique com uma consistencia, assim, de pudim.
Depois é sò servir.
Ja como mingau é bom, mas nao custa ter um pouco de paciencia para que o resultado, de bom passe a perfeito!
E sò para ficar claro: na verdade fiz esta receita mas usei o dobro da quantidade do milho, pq vi que o amido que tinha nao daria conta de deixar com a consistencia justa.
E, pela primeira vez, deu SUPER certo!
Pq, vcs que me desculpem, mas até o meu "a olho" precisa de medida, minha gente!!!!


sábado, 23 de agosto de 2008

Da onde vem a minha matèria prima.

Uma das amoreiras silvestres, das quais eu me "sirvo".
A velha figueira ao lado da ruina da casa colonica.
Este é um dos milharais desta variedade que, aqui, eles chamam de "granturco".
Este é "meu super mercado", ao lado de casa, nestes ultimos tempos.
Todas as compotas, o doce de figo, o curau, o bolo de milho e o creme de milho verde, que tenho feito, foi usando o produto destas plantas que vcs estao vendo nas fotos.
Tb tenho colhido muita maça para fazer suco e dar aqui para o meu pessoal: Mathilda, Jerico, Paçoca e Croc. E devo salientar, tb, que o unico que nao come nada do que eu colho, é o gatinho que eu salvei: o Baltazar.
Pq realmente aqui em casa, é o UNICO que é estritamente carnivoro, ja que a minha cachorra é onivora e traça até melancia, que adora...!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Fagiolina del Trasimeno

Se vc olhar ele assim prontinho, nao terà duvida em afirmar que seja um feijao.
Tb por causa, e é obvio, de seu nome: "fagiolina del lago Trasimeno", que vem a ser uma variedade local dos conhecidos "feijoes dall occhio" (Vigna unguiculata). Sendo, por sua vez, uma espécie originaria da Africa e que era muito apreciada pelos etruscos.
E que, depois, foi difusa em toda a peninsula italica pelos romanos, se tratando do tal de “phaseolus” que muitas vezes citou Plinio il Vecchio.
Cultivada desde os tempos "perdidos na memoria" em torno ao Lago Trasimeno (Perugia), onde nos terrenos de fundo de vale, mais umidos, se encontra o solo ideal para se obter um produto de boa qualidade.
Mas nao sendo aquilo que parece, tb nem tem "os efeitos colaterais" que o mm possa provocar...hihihi.
Pq trata-se de um legume que, definitivamente e cientificamente, nao pertence à familia dos feijoes.
Que se saiba, foram mesmo os etruscos que começaram o seu cultivo nas colinas adjacentes ao lago, que se situa no norte da Umbria, perto dos confins com a Toscana.
Lago este que para quem se lembra das Guerras Punicas e de Anibal (aquele general de Cartago que atravessou os Pirineus, e tb os Alpes e os Apeninos, com os seus elefantes), que com seu imenso e heterogeneo exercito, dizimou dezenas de milhares de soldados romanos, e teve as suas aguas tingidas de sangue, vai saber logo de que lago estou falando!...
Afinal, foi a mais famosa batalha que os cartagineses desferraram contra a entao republica, de Roma. Naquilo que foi uma queda de braço para se controlar todo o mediterraneo e grande parte do mundo, até entao, conhecido.
E, em um outro parenteses, tb é o unico grande lago, no mundo, que funciona como uma cisterna de aguas pluviais e de degelo, as quais recolhe, nao tendo nenhuma nascente que o alimente. E até tem 3 ilhas, bem grandinhas, sendo que uma delas é habitada e uma, outra, um belo parque.
Os romanos apreciavam muito o lago, e em todos os sentidos, tendo feito uma senhora dragagem nele, para livrar-lo dos sedimentos que lhe diminuiam a profundidade.
Pq os romanos eram tb os reis da hidraulica, e faziam coisas que, hoje, ainda é dificil de se acreditar.
Em um passe de magica, controlavam cascatas, desviavam rios, faziam a agua chegar em lugares impossiveis e enchiam piscinas lindissimas e enormes cisternas subterraneas com agua doce. E nem falemos do sistema para rescaldar estas aguas e de como recolhiam os esgotos em todos os seus ensediamentos, pq ai isto aqui nao teria mais fim...
Basta sò lembrar que, no principio, a base do proprio Coliseu se transformava em um enorme tanque, onde ocorriam pseudo batalhas navais, em um quase piscar de olhos...!
Ou que a famosa Fontana de Trevi ainda funciona com uma infra estrutura que tem, cerca, os seus 2000 aninhos...
Enfim, explanaçoes a parte, este legume é plantado ali , vizinho ao lago, desde tempos imemoraveis.
Como é de dificil cultivo, e por isto nao comercial, nao é facil de se achar, é caro e, acima de tudo, seria como comer uma coisa de museu.
Plantaçao toda artesanal, até a sua cultura é feita como se fazia um tempo, milhares de anos faz.
Mas vale à pena pq de um gosto delicado, qdo ai se percebe ser um legume, com uma textura muito agradavel, tb.
Aqui em casa, que conseguimos compra-lo através de um amigo que tem seus "conhecimentos", aparece esporadicamente na nossa mesa.
E eu costumo fazer, exatamente, como se fosse feijao mm, sò nao exagerando no caldinho.
Comer uma coisa assim é como se viajar no tempo, dividindo a nossa mesa com o grande Anibal e um bom guizadinho de legume quentinho, antes que ele se metesse a estudar as suas estratégias geniais!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Quando a historia da comunidade nao tem algum valor...

Com um tempismo e uma mentalidade assim, a preservaçao da nossa memoria vai mm é permanecer amnésica, deixando o nosso patrimonio cultural desprovido de qq valor que mereceria ter.
Esta semana, em uma matéria que li, e se me lembro bem ali no Yahoo, me fez reviver um episòdio que vivenciei anos atras. O qual, se me recordo dele, ainda me faz ficar com uma raiva danada...
Pq para o orgao municipal encarregado da preservaçao da memoria da cidade de Sao Paulo, o bairro da Lapa, com os seus trens, a sua historia e a sua arquitetura, não teria nenhum valor.
E assim, e nòs ja cansamos de saber, o mercado imobliario e os seus socios construtores, levam vantagem contra as antigas indústrias e imoveis antigos do qual o bairro é rico. E nao precisa muito para entender o interesse economico que existe em evitar que qq coisa impossibilite o uso destes na construçao civel e nos lucros que isto possa gerar.
Quem ainda se lembra, por exemplo, da mansao dos Matarazzo ali na Paulista...? Os herdeiros, enquanto amargavam o medo de perder a sua propriedade para a cidade, "sofreram" ataques de vandalos que terminaram por destinar o imovel, irremediavelmente, à novas possibilidades economicas...hum...
E ja vem de longa data o fato de que uma boa maioria dos imóveis, ali no bairro da Lapa, esta em uma queda de braço com a Prefeitura, em um longo processo que exige o seu tombamento.
E o municipio questiona e emperra o andamento da coisa. Isto pq os imoveis construídos na primeira metade do século passado, 11 casas e sobrados e mais 6 galpões industriais, de acordo com os técnicos do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) não apresentariam, assim, uma importancia arquitetônica ou histórica que justificasse as suas preservaçoes, em detrimento do que desejariam as pessoas que prezam o seu bairro.
Enfim estes edificios, com os anos de abandono e descaso, intencionais, è obvio que terminam chegando a um impasse, onde ja nao se justificaria qq intervençao, pq cara e sem esperança.
E ai, sobram para as companhias de demoliçao que disponibilizariam terrenos prestigiosos onde antes tinha algo secular, que fazia parte da cultura da comunidade que ali vive.
Dentre estes edificios, existe uma das mais antigas indústrias lapeanas, a extinta Fábrica de Tecidos e Bordados da Lapa, construída entre o fim do século 19 e o início do 20, ali na Engenheiro Fox.
E que parece um verdadeiro monumento ao descaso, com o seu galpão decorado com elementos ainda originais de época, suas grandes e estranhas janelas e a sua fachada toda reta. E que para estes técnicos, estaria em uma situaçao sem retorno, dado o grau de destruiçao em que se encontra.
Outros, como a pracinha ali da Eugênio P. Moreira, onde tem até um coreto colorido ou mm aquele galpão industrial da Faustolo, onde há um estacionamento que o escondeu com painéis anti-estéticos, ou mm as casas e sobrados, habitadas por operários ao longo do século 20, tanto caracteristicas ali na regiao, ficaram anos esperando pela boa vontade do orgao que devia proteger-los. E, por fim, sucumbindo aos seus proprietarios sem critério, ou aos vandalos de plantao.
E nesta reportagem, dos jornalistas DIEGO ZANCHETTA e VITOR HUGO BRANDALISE, eles relatam que para o DPH, "alguns lugares são agradáveis, mas não podemos tombar a cidade inteira. Há praças por toda a cidade. A maioria não merece preservação mesmo", e isto nas santas palavras do seu diretor.
Pq seriam todas, hoje, classificadas como sendo "de baixo gabarito" nos relatórios da Secretaria de Cultura, que define que em sua gde parte "não mantiverm a sua integridade arquitetônica ", o que lhes impede o tombamento.
Dizendo com isto, que perderam ou nao tem mais relevancia nenhuma...
Entao 'ta bom n'é? Que explicando assim fica facil a gente entender e se resignar com estas coisas.
Pq sempre aquilo que é do outro seria mm "sem gabarito", ainda mais se existem motivos escusos por tras ou, até, empenho para que termine caracterizada assim.
E os jornalistam informam que outros imóveis, que tb estariam na lista que será votada nesta semana, já foram demolidos, abandonados, ou estão completamente descaracterizados...
Sim sabemos disto, nòs que frequentamos ou moramos na Lapa. E que quase ja nos acostumamos a ver em "flashs" uma beleza, autentica, que se esvanece com o tempo.
Basta sò perguntar o que foi feito com todas aquelas arvores, de um que foi um dos bairros mais arborizados de Sao Paulo, com as suas ruas e alamedas que eram como tuneis verdes e, por vzs até, alegremente floridos...
Em uma coisa triste, até, de se lembrar.
Eu mm ja tive o desprazer, como citei acima, de ter que conversar com os srs. arquitetos que trabalham ali na regional da Lapa.
E terminei ficando escandalizada e revoltada com a postura, a negligencia e o"menefreguismo" (o estar pouco se lixando) em cuidar do nosso patrimonio e procurar ajudar quem quer restaurar-lo ou, mm salvar-lo, com o seu proprio dinheiro e consciencia.
Sentados em suas cadeiras com os pés sobre a mesa desorganizada com as pilhas de pastas jogadas sobre ela, enquanto limpavam seus narizes jogando conversa fora.
Obvio, sem desprezar a oportunidade de serem mal educados e grosseiros com qq incauto cheio de boa intençao, que apareça por ali para disturbar as suas inércias e o pouco caso bem remunerado.
Bah! Olha que nem gosto de me lembrar disto...
Em um tipico exemplo de quem nao gosta do que faz e, muito menos, ama o lugar onde vive.
A cidade podia ser mais bonita sim e podia ser mais agradavel tb.
Mas com gente assim trabalhando contra, qdo deviam ajudar, a coisa fica dentro dos limites do insòlito e do irremediavel, isto para a gente nao ter que dizer do "caos"...
Entao...conta outra vai!!

sábado, 16 de agosto de 2008

Com tanto e sem nenhum.


Em Sao Paulo (nao sei nos outros estados) somos habituados a poder comprar, pronto e em latas ou vidros, compota de figo verde. Mas como sempre, por estas paragens...
E agora por aqui, entre tantas outras frutas, o figo domina.
E se encontram em quantidade nas figueiras centenarias, ao lado de ruinas de casas colonicas mais centenarias ainda, aqui em torno de casa.
Penso que qdo estas casas ainda estavam inteiras e eram habitadas por camponeses empenhados, aquelas frondosas arvores carregadas de seus frutos abandonados tiveram, as duas, seus momentos melhores.
Hoje estas casas vazias, com suas pedras e traves de madeira que arcam e tombam com o peso de seus séculos, ficam ombro a ombro com a sombra das frondosas, velhas e ainda verdes, companheiras que lhes oferecem os seus frutos, caidos sobre a terra que as sustentam.
E nos meus passeios diarios, entre recordaçoes de gostos familiares e o sentimento de pena frente ao disperdicio de tantos e tantos frutos, me meto a fazer uma coisa que, nem por sonho, eu fazia antes: figo verde em calda.
Muito misterioso, para mim, como tudo aquilo que nunca afrontamos antes. E por isto mm, resolvi me enfronhar no assunto antes de colher os tais figos. E assim iniciei dando uma pesquizada que, começando por minha mae, minha fonte para assuntos caipiras, terminou no Google. E isto ja ha dois anos.
Percebi, ja de partida, que as variedades de figos daqui me poupavam de ter que me desfazer da cobertura, assim um tanto pilosa, daquela nossa mais comum, digo aquela dos supermercados. Pq o resto é todo, e absolutamente, facil!
Digamos assim: ao menos que ja se encontrem assim para comprar, o a coisa mais dificil seria colher os figos verdes, enfrentando aquele leite branquinho e viscoso que eles soltam. Boh! Mas, francamente, isto nem é nada assim de tanto complicado, tb.
Para explicar, usarei quantidades meio que ficticias ja que a coisa vai bem, mm, é a olho!
Fica muito parecida com aquela comprada pronta, que eu me lembre. Sem esquecer da vantagem de nao ter os "...antes" que as industrias colocam nela.
E serve para usar em uma monte de coisas, lembrando sempre, é claro, que tb pode ser comida sozinha.
Mas a minha opçao preferida, e muuuito boa, é aquela acompanhada por sorvete de creme, junto com uma caldinha rala de chocolate amargo temperada com mel e especiarias.
E é assim.

Compota de Figo Verde
300g de figos verdes, com cerca da 1/2 do seu tamanho normal
1 colher de cha de bicarbonato de sòdio
2 litros de agua (+-)
Para a calda:
1 copo de açucar
1 copo de agua
cravo e canela, em pau, a gosto
folha de figo, opcional
Devemos cortar todos os cabinhos dos figos, apenas até que se exponha um botaozinho de suas polpas e, depois, lavar-los bem.
Levar para ferver por 10 minutos com a agua e a colher de cha, bem cheia, de bicarbonato.Escorrer toda a agua, enxaguar e reservar.
Se por acaso o figo for daqueles "peludinhos", sei que aconselham a eliminar esta cobertura. E, que eu tenha visto, é assim: apenas escorrida a agua quente, colocar-los em um saco plastico meio fechado (para nao prender o vapor) e friccionar até que esta pelicula se solte.
E nao me perguntem mais que isto, que eu tb nao achei a explicaçao.
Dai é lavar bem e reservar.
Mas se vc curtir o aspero da casca do figo ou o seu caso for igual ao meu, salte esta parte, é obvio...!
O outro passo é fazer uma calda misturando as xicaras de açucar e agua, com o cravo e a canela. Deixando no fogo por alguns minutos, até se fornar um xaropinho ligeiramente corposo.
E, como bem observou minha mae, se a calda puder ter em sua confecçao tb a folha do figo, que esta ficara muito mais aromatizada e saborosa.
De qq maneira, apenas ela seja feita, unir os figos que estavam reservados, e deixar em fogo médio e sem tampa por outros 10 minutos.
E pronto!
Se for usar em um periodo breve, basta esperar esfriar e levar à geladeira.
Mas se for conservar, basta colocar em vidros proprios e esterilizados, ainda bem quentes, com a calda cobrindo tudo, até a boca, e fechar bem.
Eu, por garantia, levo os vidros com a tampa virada para baixo, em uma panela de pressao, pondo agua até quase a meia altura deles, deixando ferver cerca uns 20 minutos.
Depois armazeno sempre com a tampa girada para baixo.
Assim o conteudo assentado sobre a tampa, ficara na parte inferior, vedando a entrada do ar. Enquanto o ar, que possa ter ficado ali dentro, permanecerà esteril e isolado la em cima, em contato com o fundo do vidro.
Mas obvio, pessoal...esta tal da tampa deve ser metalica e fechar, muito, mas muito bem mm!
Para isto, evitem os tantos vidros com tampa plastica que temos em casa. E testem os outros que vcs escolherem, para ver se nao vazam agua, antes de estilizar-los, ok? Uma coisa onde, de novo, a panela de pressao é sempre essencial, pq funcionando como uma verdadeira auto-clave: improvisaçoes de uma ex-dentista...
A calda de açucar, assim como o sal, em altas concentraçoes, ja conservariam longe os microorganismos, se os envolvessem totalmente. Mas nunca é demais dar este extra para garantir isto, assim como faziam as nossas avòs e bisavòs.
E vc saberà que o sistema foi eficiente, em manter asséptico o conteudo, qdo ele oferecer resistencia para abrir, tal e qual aqueles vidros de conservas e geléias industriais.
E um aviso de um burro que qdo fala o outro abaixa a orelha: nao vai fazer isto e depois colocar o vidro na despensa, esta bem? Pq se abriu: comeu.
E nao se esqueçam de escrever ou de etiquetar, informando a data e do que se trata, ok?
Se vcs gostarem de figo verde em calda, assim como eu, é uma das banalidades que vale a pena tentar!


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

crepes de salmao defumado

Com vontade de comer uma coisa delicada e rapida, logo pensei em algo bom e classico: crepes!
Tinha a ricotta, mas sò ela ficaria sem graça...
E se eu usasse um pouco de espinafre congelado?
Nao...que faço isto quase sempre.
Ai me lembrei do meio pacote de salmao noruegues defumado que tinha uma certa premura de ser usado.
E penso ja ter dito que nao sou muito atraida por salmao.
Mas era pouco e pensei que, misturado com a ricotta, podia ser que me andasse bem.
E realmente, modéstia à parte, ficou muito que bom e com uma consistencia bem fofa.
Enfim, com a sempre bem vinda receitinha da massa do Jeff Smith, que vcs ja tinham visto aqui mas que eu repito, a coisa deslanchou e deu certo!
Simples, delicado e facil.

Crepes de Salmao defumado, com ricotta
Para fazer os crepes, bater atè ficar homogeneo:
2 ovos
1 copo de farinha
1 copo de agua
1 pitada de sal
Fazer os crepes em uma frigideira untada, que na minha deram 9 peças, feitas meio que à olho.

Fazer o recheio com:
1/2 cebola média picada
1 dentinho de alho picado
250g de ricotta
150g de salmao defumado picado
timo, pimenta do reino e sal à gosto.
E um pouco de salsinha picadinha, tb vai bem
Dar uma fritadinha na cebola e no alho, de preferencia em azeite extra virgem, até ficarem ligeiramente coradinhos. Desligar o fogo, e misturar bem misturado, todos os ingredientes restantes.
Rechear os crepes com cerca de uma colher de sopa bem cheia deste composto e arrumar-los num refratario untado. Ir cobrindo com o molho de sua preferencia, se tiver que colocar um sobre o outro. Fica ao seu critério colocar queijo ralado por cima e se levar ao forno para gratinar, ou nao.
Eu usei um saltadinho de tomate picado e refogado com temperos a gosto, ja que estava mm picando tudo!
Nao coloquei parmigiano pq acho, pessoalmente, que queijos nao combinam com peixe, no geral.
E tb nao gratinei.
E por ser de salmao eu devo, porém, confessar que comi com gosto!


domingo, 10 de agosto de 2008

...procurando compreender.

Conheci uma senhora, sogra de uma amiga, que passava a semana inteira com seus cabelos enrolados em bobs e cobertos por um lenço de seda, por sua fez fixado com grampos dourados.
Os bobs, estes, sò seriam retirados ou por ocasiao de um raro evento ou para a lavagem semanal dos cachos. Mas que, ainda umidos, tornavam para as suas gaiolas plasticas e multi coloridas, no aguardo de ficarem livres num esporadico dia de um mes qq.
Tudo isto pq a senhora queria se apresentar bem qdo isto ocorresse, nao se importando que a sua vida, aquela valida e real, acontecesse em todos os outros dias onde ela se apresentava daquela forma hilaria e absurda...
Ou aquela outra que andava para cima e para baixo, quase que em andrajos. Mm tendo no seu armario tantos sapatos e roupas belissimos e de qualidade, que deveriam sò ser utilizados em momentos validos e parcos. Enquanto transcorria todos os outros dias como se fosse uma maria-ninguém, pq era assim que ela realmente se sentia em meio à toda aquela sua rotina diaria...
Ou aquela que, rosto besuntado e reluzente de cremes mil, transitava entre os bancos e os supermercados do seu dia a dia, esperando para ficar opaca sò em alguma recepçao à qual fosse convidada. Tudo para afugentar, naqueles poucos minutos que dividiria com pessoas que se recordavam dela sempre com aquela mascara na cara, o passar dos anos que se acumulavam sobre os seus ombros...
Ou aquela outra que podendo e tendo gastado os tufos para se conservar sempre com sua cara de 20 aninhos, contava com a burrice ou amnésia dos seus conhecidos, para que nao sonhassem em fazer 2+2 com a sua verdadeira idade. Isto pq, o que mais a alentava era pensar que poderia, assim, causar inveja a todos os seus pares...
Como aquela, tb, que gostava muito de sair e estar com a turma da sua filha, querendo que todos eles a vissem como uma igual. Se esforçando para agir e se vestir como se fosse um deles, nem que fosse na marra. Em uma situaçao que oscilava do histrionico ao contrangedor, dependendo de quem observasse...
Hum...e aquele senhor, entao, tecnico de tv, que cismava de passar os fios do lado direito da cabeça, teimosamente, para o lado esquerdo, na tentativa de iludir as pessoas de que nao seria calvo. Num efeito que se adaptaria, totalmente, à ficçao que passava nos televisores que ele consertava...
Ou aquele seu cliente de meia idade que, por sua vez, abdicava da companhia de seus netos para desfilar, todo santo domingo, em cima de uma possante motocicleta. O que lhe daria aquela tanto almejada sensaçao de ainda fazer a diferença, para quem o notasse...
Ou aquele jovem senhor que dispensava toda e qq atividade que nao fosse fisica e que consumia quilos e quilos de integradores nutricionais. Além de dispender tantos momentos, irrecuperaveis, que poderia desfrutar de outras maneiras validas qto importantes, sò pq obssessionado em cultivar sua impecavel condiçao fisica, Como se nele fosse isto a unica coisa que valesse a pena...
Ou ainda aquele que, sentindo o inexoravel passar do tempo, dispensou a companhia de toda uma vida, imaginando poder, assim, estar dentro de uma nova possibilidade de juventude. Que qdo encontrou, nem percebeu nao ser mais a sua propria. Seguindo satisfeito na sua nova, sim, versao de um Dracula moderno sem perceber, nem remotamente, a fragilidade desta sua atual condiçao.
E a gente fica tentando compreender o pq destas coisas.
E o pq de ser tanto dificil assim ser coerente, equilibrado, justo e tb consciente e seguro daquilo que se é, sem lançar mao de subterfugios para isto.
Ou a razao que existiria em se ficar definindo momentos certos para aparentar ser aquilo que se é ou mm querendo ter coisas que ja nao sao.
Em uma perda de vista dos valores que seriam, estes sim, muito importantes para se ter ou conservar.
Sò pq se esqueceu, ou se perdeu, a noçao de que aquilo que conta, de verdade, é aquilo que se é dentro. Nao deixando parecer importante sò aquilo que, estando fora, se faça passar por sò apresentavel, pretensamente apresentavel ou, mm, somente ridiculo.
Pq qdo alguém é valido e autentico, nao serà nem uma coisa, nem outra, pq tudo faz parte de um conjunto.
Nao somos nòs mesmos se nos plasmamos em algo que dura sò por um intervalo de tempo ou , pior, se nos transformamos em estereotipos, apenas nos levantamos pela manha.
Pq em verdade, ou somos aquilo que somos, sempre, ou nao somos nada.
Pq aquilo que aparentamos ou aquilo que conseguimos, nao tem mais valor do que o como e com qual intençao, chegamos la.
Na verdade, se nao vivessemos em uma sociedade consumista, seria toda a nossa experiencia que deveria ter feito de nòs um ser mais sabio e melhor, no decorrer da vida. E nao todas estas tranqueiras que nos obrigam a ter ou fazer, para termos a possibilidade de estarmos "no mercado" com mais evidencia, nem que seja por um momento, ou por mais tempo, mm que seja sò mais uma ilusao...
Pq a fachada é sempre muito diferente dos tijolos que estao por baixo dela.
Mm que estejamos com os cabelos em desordem ou que nem mm mais os tenhamos.
Ou que, naturalmente, usemos aquilo de que dispomos com a certeza de que nos bastarà.
E que tb nao fiquemos esperando por um momento, efemero e improvavel, enquanto todo o resto de nossa vida passa sem que haja necessidade dele acontecer, realmente.
Sò pq deveria ser assim.
Entao pq sera que tantos de nòs perdemos qde parte da vida fazendo "teatro", ou estipulamos condiçoes insolitas ou mm exigencias inapropriadas, qdo tudo se resumiria na simplicidade de se aceitar ser aquilo que se é e procurando entender, e aceitar, que o nosso semelhante tem este mm direito?
E assim se poderia viver melhor e mais feliz, nao se achando inadequado ou abaixo das expectativas.
Pq se nòs estamos comentando ou criticando todas as coisas que eu descrevi aqui, ou até recordando outro tanto que ainda se poderia elencar, isto é sò pq sao coisas que nos incomodam e chamam nossa atençao.
Pq talvez, quem sabe, vejamos muito de nòs mesmos no que fazem estas pessoas: nao é assim?
E entao, devemos procurar compreender estas coisas para poder ter a certeza de que elas tb nao estao, por um acaso, sucedendo conosco.
Coisas de um momento down de um domingo qq...
Xoooo!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Iogurth de beber: sabe uma coisa facil DEMAIS?!!


Gente...francamente, pensavamos que ele tinha acabado: maaas, nao!
O danado do calor ressuscitou na sua busca por tornar o tradicional Feragosto, insuportavel, como sempre.
Os adeptos das praias afoladas o adoram, mas eu e tantos outros, que continuamos longe das areias, padecemos com o a coisa.
Eu entao, nem digo, que ja começo a ficar aflita em pensar que todos aqueles gansos, jovens e maravilhosos, com os quais eu cruzo em meu caminho, vao desaparecer assim, de um dia para o outro. Isto pq o coitado é o prato tradicional do 15 agosto- Feragosto, daqui.
E eu ja fiz muito "casino" isto é, confusao, por causa destas coisas, no passado. Sò que, agora, estou mais sossegada, conformada, quero dizer.
Enfim, o calor voltou estrebuchando, antes de se ir, definitivamente.
Coisa que os pobres gansos nao terao oportunidade de constatar, nas suas breves vidas, tanto curtas qto os seus nomes em italiano: oca.
E ai, bem...
Ai, eu bebo!
Bebo suco de abacaxi aos montes, diluido com um tesco de agua, durante todo o dia. Coisa rara para alguém da minha familia ou até, eu mm, que nao sentimos quase nunca sede! E a noite belisco as cervejas geladas do Gianluca, que capricha na escolha, entre belgas, alsacianas, irlandesas, tirolesas, alemas e tudo o mais. Caprichadissimas escolhas!
E nesta coisa de beber eu bebo, tb, tanto iogurth!
E penso que ja enchi a Danone de dinheiro e mais um saco grandao de garrafinhas, de tanto que o consumi.
Mas, e pela enésima vez pq eu sou de lua, resolvi fazer minha coalhadinha caseira, que nem nunca precisou da minha defunta iogurteira para ficar pronta, de tanto facil que é.
Sei que todo mundo faz, mas sempre tem alguém que nunca fez. Pq a gente nunca deve dar "tutto come scontato"...!
E se pode variar o tipo do leite que se vai usar à gosto. Tanto qto para uma consistencia mais corposa, qdo se pode acrescentar mais iogurth, por ex. E tem quem acrescente leite em pò ou, mm, creme de leite: pesquizem vcs, ok?
De qq maneira, misturar os bichinhos ao leite, apesar das diferentes texturas que se pode obter, sempre deu resultado!
E entao, para estas pessoas, aqui vai a dica:

Coalhada, de beber
1 litro de um bom leite (usei semi desnatado)
1 potinho de 150ml de iogurth branco, o mais simples possivel e à temperatura ambiente
De preferencia use uma panela inox, apenas para nao ter que transferir para uma outra vasilha depois.
E, em fogo baixo, amornar o leite.
Para saber se a temperatura é justa, basta checar com um dedo limpinho. E ver se é quentinho mas suportavel, sem forçar a coisa. Pq, se passar da temperatura é melhor esperar que abaixe, senao se mata os bichinhos e...nada feito!
Misturar bem e colocar dentro do forno, coberto com um pano de prato, até o dia seguinte. Ou até mais, sempre por causa da consistencia que se deseja.
E ai, depois de pronto, temos um mar de possibilidades!
Sendo que a primeira é levar à geladeira, assim como esta, e pronto! E dai, variar os modos de servir-lo, todas as vzs que se for usar: polpa de frutas, cereais, sucos, especiarias e etc.
Outra é ja deixar assim, tipo "pret a porter", dentro de uma garrafa. Quando bastarà dar uma bela chacoalhada antes de versar-lo no copo.
E o meu "pronto para o uso", que eu acho muuuito mais pratico pq vapt-vupt, eu faço de duas formas.
Aquela mais estilo invernal seria bater, todo o conteudo obtido, no liquidificador com mel e bastante canela , entre o que mais me vier à cabeça, no momento.
A outra, que tenho feito agora, é bater com tipo 4 colheres de sopa cheia de uma geléia do tipo St.Dalfour, sem a adiçao de açucar industrializado.
E colocar na tal da garrafa.
Eu até usei as minhas geléias caseiras, e fica bom igual.
No frio pode-se deixar um pouco fora da geladeira, antes de se tomar.
Mas por aqui, que é ainda verao, tomar geladinho entao, hum...!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um por-do-sol dos mais bonitos que ja vi...!

...ta certo que sai correndo, atrasada, e que nao queria fazer o caminho de volta no escuro.
E 'ta certo, tb, que bem no meio da caminhada tinham 3 ingleses, 2 de origem indiana, que um tinha levado um belo tombo da sua bicicleta. Pq sabe como é gente de cidade grande que se mete a fazer o atleta no fim de semana...
Além de, certissimo, a Tilda nao estar nadinha feliz de fazer todo o percurso em passo acelerado.
Mas...gente! ...nossa...!
Qdo me dei conta, estava no meio de um dos mais lindos tramontos que eu ja tinha visto em minha vida...!
A foto, o meu celular e tudo o mais, nao fazem jus à beleza daqueles àtimos esfulgentes. E juro que se eu pudesse teria fermado o tempo ali, naquele exato momento de extrema beleza...
Pq chegou em um ponto onde as nuvens, e a propria atmosféra, se tingiram de um tom de bronze, que eu nem pensava ser possivel.
E serà mais uma daquelas coisas que ficarao impressas na mente, tal qual todas as outras coisas magicas e inesqueciveis pelas quais passamos na vida.
E mm pq, seria imposivel capturar uma tal coisa até com um filtro adequado ou, no meu caso, com uma "pessoa adequada"tb . Quer dizer, alguém que, naquela situaçao, pudesse, dentro de toda a limitaçao, tirar o maximo com o minimo.
Sim, isto sempre foi, por assim dizer, a minha especialidade. E sou até conhecida por tirar leite de pedra, eu sei. Mas...hoje por hoje, menos com foto.
E sei que vcs me compreendem e me dao razao, eu imagino, ja que estou sempre comprovando isto, aqui mm. Hihihihi.
Pensando que, qdo sò tinha necessidade de meus olhos e nada mais para enxergar bem, era tudo uma outra coisa, ja que agora nao me dou la muito bem com os oculos...Figuriamoci!
Isto sem nem falar dos cremes miracolosos varios ou de todos os detestaveis produtos para os cabelos.
Pq eu odeio (e é sò força de expressao, ok?...) todas estas coisas "extras" que terminam por fazer parte da nossa vida, que eu até ja cheguei a lavar os cabelos com o nosso manjadissimo sabao de coco ( e espero nao ter errado a grafia: ...ixi!).
Enfim, e de qq modo, o que vale sempre é a boa intençao da gente...
E espero que eu tenha, ao menos, dado para acenar o quanto foi bonito aquele momento. E de qto o universo, através desse nosso planeta, nos presenteia com coisas preciosas que nenhum dinheiro, ou poder, nos poderia dar...
E que a nòs, sò bastaria prestar atençao para ver!

domingo, 3 de agosto de 2008

A uniao faz a força: serà...?

Dia de trafego tranquilo na cidade de Sao Paulo...
Hoje entrei no site do Ig e estava lendo que aconteceu uma coisa inédita, ao menos para a América do Sul. E é algo que se precisa parar para pensar se pode significar, efetivamente, alguma vantagem...!
Pq, através de fotos via satélite, foi constatada a ligaçao entre as cidades de Sao Paulo e Campinas.
Fazendo a regiao abrangida por esta area conter, nada menos, que cerca de 22 milhoes de habitantes.
E, historicamente, ja comprovamos que estes "acumulos" populacionais, sempre aconteceram em detrimento de uma série de perdas, graves, em todos os sentidos.
Nao seria uma coisa onde a famosa frase "a uniao faz a força", funcionaria de um modo, assim, positivo...
Esperemos, fortemente, que desta vez tenhamos a chance de nos contradizer e nao sermos tanto pessimistas: ai, ai, ai.
E entao estamos combinados: pensemos positivo,ok ?!
Bjs!

sábado, 2 de agosto de 2008

...aprendendo a entender os sinais.

Se vc nao entendeu: "perigo de aluviao, no caso de um alarme, afastar-se tempestivante". O quer dizer:"sebo nas canelas, pessoal!"...
Ja ha tempos, qdo passo por um trecho da minha caminhada de 7 km junto com a srta. Tilda, deparo com esta placa que vcs conferem acima.
E ela é relativamente recente, a bem da verdade.
Mas apesar disto, e devo ser franca, nem quase reparo mais nela: que ja fiquei acostumada. Algo que muito provavelmente, e apenas vcs terminem de ler isto aqui, tb acontecera com vcs...
Pq este percurso que fazemos, agora, faz parte de um, oficialmente e por assim dizer, "museu à céu aberto".
E passamos por uma fazenda, fortemente voltada para a cultura do tabaco, onde tb criam vacas da raça chianina, aves e mais um solitario cavalo castrado, nosso amigo.
E colada nela existe uma reserva florestal, com o intuito de criar animais selvagens com a finalidade de "repopular" outras areas. E ali tem tudo qto é tipo de animal selvagem que, se nao escapa dali para ser atropelado ou para cair nas garras dos malditos caçadores da fazenda, vive sua vida com uma certa tranquilidade.
E passamos, tb, por tantas e belas ruinas de casas rurais, sabe-se la de que seculo, em pontos belissimos do nosso caminho. Todas irremediavelmente abandonadas, no decurso de décadas, na fuga para a cidade. Que ser contadino nao faz vista, na nossa sociedade moderna.
Ao menos na visao de um que sempre teve o seu pé, por assim, dizer, na lama.
E que prefere ser de esquerda, "por tradiçao", mas com roupa de grife e uma Porsh Carrera 4x4 ultimo tipo, na garagem de um prédio, bem longe do trator Ferrari do seu avo, ali estacionado ao lado do curral...
Pq para nòs, cosmopolitas acanitos, a utopia de viver no campo, em contra partida, é cheia de um certo e irresistivel atrativo.
Um vero "must" sujar as maos na terra, viver perto da natureza, ser ecologicamente correto. Enfim, um tipo to-tal-men-te... bucòlico.
Pq isto sim que é uma moda pra se seguir, ja que o contraste metropolitanoxrural é um bocado charmosinho, faz tipo até.
Mas quem sabe os motivos reais que levam uma pessoa a fazer o 8 ou 80...?Boh...
E deixemos de lado o discurso da poluiçao, para um e do tédio, para o outro, que as decisoes ja foram tomadas.
Em mais um fenomeno que, talvez, tenha alguma coisa a ver com a tal da famosa atraçao dos opostos.
Enfim, vcs me desculpem pela divagaçao, ja que eu acabei, por inércia, fazendo mentalmente todo o meu percurso, de todo o santo dia. Provavelmente e pelo mesmo motivo, que me faz digitar o numero da minha mae, sempre que quero telefonar para outra pessoa...!
Mas voltemos à tal da placa que ativa, ocasionalmente, a minha atençao. Uma coisa que nao é pouca para uma assim como eu, que quase sempre respira uma outra dimensao.
Pq a verdade é esta: aquela placa esta ali avisando de um perigo eminente e praticamente "inescapavel", caso venha a acontecer.
Mas gente! Em um dia assim de céu tremendamente azul, com uma paisagem maravilhosa, entre bosques e castelos do século X: quem é que vai reparar que, estando às margens do Tibre, um aluviao possa REALMENTE acontecer!!?
Sem chance...
E a placa se incorpora, como mais um elemento decorativo e ignorado, no percurso que fazemos.
Talvez as pessoas que tenham vivido em tempos passados e longinguos, naquelas ruinas de casas abandonadas, pudessem nos contar alguma coisa a este respeito...
Talvez nem todas elas tenham abandonado suas casas por modismo: quem sabe?
Outros, talvez até, possam ter sido "portati via" juntos com as aguas tempestuosas de um Tibre enfuriado, imagino.
E estes coitados nem tinham uma placa para avisar-los de sair correndo apenas escutassem alguma coisa anormal. Talvez, sò mm algum idoso que se recordava de uma catastrofe ocorrida no passado e que avisava, alarmado, as pessoas, que nao lhe davam atençao...
Pq a vida da gente é assim, cheia de sinais, cheia de avisos e de conselhos.
Mas...nòs seguimos em frente. E, quase sempre, repetindo as mm coisas que quem, carregado ou nao pelas aguas turbulentas, cometeu no passado.
Aquela vozinha, que todos nòs temos dentro, esta sempre dando os seus toques pra gente: " e ai, prestou atençao...?", "aprendeu que isto nao pode ser assim?", " notou que esta pessoa nao é o que parece ser?", " ou que esta outra pode lhe fazer mal", "vc nao acha que isto é perigoso?", "nao é que seria melhor usar o bom senso?", "experimente meditar sobre o assunto", "que tal seguir o seu coraçao!", "viu sò!", "bem que tinha avisado...! e bla, bla, bla...bla.
Pq as aparencias enganam.
E nao é pq o dia esta assim maravilhoso, que aquele aviso nao possa vir um dia. e efetivamente, a acontecer...
Mas se acontecer, o que e quanto tempo se precisaria para se tomar a decisao de se afastar "tempestivamente", daquele lugar onde se passa todo o santo dia...?!
Pq mudar o percurso é uma manobra à qual nao estamos habituados, ainda mais se estamos transitando por lugares assim tanto familiares.
Pq, apesar dos sinais evidentes, nos baseamos na aparencia, na falsa segurança que estabelecemos, relegando até a nossa propria lògica.
Pq vemos e acreditamos naquilo que é mais conveniente para nòs, em um dado momento, e dentro de uma certa emoçao.
Tudo isto me faz pensar, aquela placa ali no meio do meu caminho...


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

De qdo a fruteira fica bonita.

As vzs me vem de ficar apreciando por um tempo as frutas apenas arrumadas na fruteira...Qdo as formas e as cores, junto com a beleza, fazem um arranjo exuberante. E as vzs, até mais do que com flores. Aqui vemos o pompelmo rosso (toranja), mais em baixo e o branco em cima, na foto.Pompelmo é gde, bem gde. Mas, o que chama mais atençao é o tamanho das nectarinas, que se "medem" com as grand smiths: pq eu nunca tinha visto nectarinas assim deste tamanho... E, acrescento que nao é sò tamanho e beleza nao: sao boas, muuuuito boas mm!