quarta-feira, 31 de março de 2010

Borek

Este é um prato que comecei a fazer recentemente, embora o repita sempre porque é muito bom, pratico e gostoso.
A unica dificuldade seria a de se encontrar a tal da "pasta filo", que é aquela massa fininha, tipo uma folha de papel, que se vende em lojas de produtos sirio-libaneses, por exemplo.
A que eu compro eu tenho a sorte de encontrar em uma grande rede de supermercados italiana, mas vem da Grécia.
No inicio eu seguia, "ipsis literis", uma receita turca maravilhosa, que tinha pego em um blog, ha um bom tempo atras.
Mas devo confessar que, por uma série de motivos, terminei por adaptar e simplificar a coisa, principalmente porque eliminei o creme de leite, para que ficasse mais leve.
E como também ja fazia isto com meus quiches, que sao como um primo dele, nao vi mal nenhum nisto.
Enfim...
O mais gozado para mim no entanto foi lembrar, de um modo retardado, que o borek nada mais é que a famosa bureca bulgara que eu comia nos meus tempos de faculdade, ali em um dos bairros tipicamente hebreus de Sao Paulo.
Sò para se ver que parece que por aqueles lados "médio orientais", todo mundo come basicamente as mesmas coisas, mesmo que sejam com nomes diferentes. rss
E mesmo que eu tenha colocado valores na quantidade dos ingredientes, nao é que isto deva ser uma coisa seguida a risca, ok?
Pq o que vale é a idéia.

Borek
4 folhas de pasta filo
1/2 l de leite
2 ovos
300g do recheio de sua preferencia
Sal e pimenta, a gosto

Em um refratario untado, estender uma das folhas da massa, deixando extravasar os bordos fora dela, uniformemente.
Colocar uma outra por cima desta, sò que amassando um pouco para que ela caiba, inteira, dentro da forma. Nao deve ser cortada, ok?
Distribuir o recheio por cima desta ultima, preenchendo as pregas de massa que se formaram.
Proceder fazendo o mm com a ultima folha e, por fim, "fechar" os bordos da primeira delas sobre o conjunto obtido, assim como se fosse um embrulho de presente.
Bater bem o leite com os ovos, com o sal e a pimenta, despejando na forma de modo uniforme.
Levar em forno à 200°C, até dourar.


quinta-feira, 25 de março de 2010

O planeta é um mercado,,,

Todos nòs apenas terminamos de presenciar a famosa época dos saldos por causa da mudança de estaçao quando ai, para quem preza o seu dinheirinho e também nao segue tanto moda, normalmente se sai à cata de qualquer boa peça em uma boa compra.
E digamos que é sò isto aquilo temos em mente, presos que estamos de um certo frenesi. Porque a idéia de economizar fazendo um "negocio da china" funciona quase como uma droga, para grande parte das pessoas.
E sao poucos os que sao imunes a isto, por consciencia ou falta de dinheiro que seja.
Porque a verdade é que nao pensamos a fundo neste habito, tanto banal e quase compulsivo.
Pouco tempo faz eu estava no provador de uma grande loja da Zara que existe em um centro comercial, que esta cerca uns 25 km daqui, ouvindo duas moças conversarem. E elas eram do tipo "loucas por grifes" e que estavam ali comprando umas peças basicas para acompanhar as "outras" grandes coisas compradas em precedencia.
Nao que falassem de algo que eu ja nao soubesse, mas me deu um "click".
Sempre fui uma fanatica em conseguir bons negocios de qualquer natureza (que aqui se encontram e como!...) mas que, na empolgaçao da coisa, nao paro para pensar a fundo em como aquela calça de mais de duzentos euros me custou sò dez.
No caso, aquelas duas falavam de uma roupa de marca que sonhavam ter mas que custava, durante a estaçao vigente, quase 1700 euros e pela qual agora (pasmem) se pagava sò miseros 117....
Entao, minha gente....
A verdade é que a venda de um percentual de peças com este preço exorbitante, praticamente ja paga quase todo o custo do resto e rende um lucro substancioso. Todo o mais, mesmo vendido a preço de custo, ja é mais que suficiente.
Ai, nesta escalada que aquela peça de vestuario faz entre a gloria e o desprezo, termina que a "pobre" acabe sendo vendida por uma verdadeira miséria, algumas estaçoes à frente. E por um valor que nem cobre a linha com que foi costurada.
Olha que disto eu entendo! E sò estou usando o exemplo de uma simples roupa...
Mas o fato é que isto acontece até com outros bens de consumo, ainda mais quando se pensa no ramo das ditas "tecnologias", onde aquilo que é apenas lançado nas lojas ja chega obsoleto!
E por tras de tudo isto existem coisas que nòs nem mesmo imaginamos.
Quando tecnologias melhores e menos caras sao "massacradas" por outras, nem tanto boas assim, mas que produzidas por alguém muito mais potente.
Além das velhas e conhecidas manobras, onde paises desvalorizam as suas moedas para poder exportar, ou onde produtos com uma antiga tradiçao acabam perdendo as suas caracteristicas para ser "vendavel", ou de pobres pessoas sendo pagas com uma miséria pelo trabalho que fazem, além de lugares sendo destruidos ou envenenados, e tudo movido pela ganancia.
E vai por ai afora...
Se "se escavoca", a gente termina sem nem dormir direito, se perceber que nao existe um limite que frene esta maquina poderosa, e aparentemente inofensiva aos olhos de grande parte das pessoas.
Porque o mundo é um grande mercado que funciona dentro deste (quase de norma) tal de capitalismo selvagem. Que termina fazendo com que pessoas durmam em filas do lado de fora de uma loja para, depois, se degladiarem la dentro, quando chegam os saldos de estaçao.
Porque, em realidade, comprar algo por "preço de banana" nos anestesia de ter que pensar nestas coisas e nos faz sentir alegres, ao menos pelo breve periodo de tempo em que nòs nos sentimos satisfeitos com o que conseguimos.
Mas quem ja provou sabe que a maior satisfaçao que obtemos, é aquela onde conseguimos passar incolumes por toda esta euforia, porque conscientes de nao sermos mais tanto vulneraveis a todo este esquema do" panis et circus" moderno!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Coisas futuristicas.

A primeira vista parece uma coisa super normal, nao é verdade?
Mas nao.
E nao é que se conseguiria ver em uma foto pq, para isto, eu devia ter feito um video.
Enfim...
Estas taças sao de cristal, e se ve.
Mas o fato é que sao, por incrivel que pareça, maleaveis.
Nao ultra maleaveis mas, mesmo assim, o suficiente para serem supreendentes.
Em uma coisa muito inovativa, que consiste na adiçao de silicone ao material com que estas taças foram feitas.
Uma outra coisa ainda mais interessante é que elas tem um preço muito convidativo, mesmo comparando com aquelas normais.
Estas aqui sao um dos varios modelos de fabricaçao italiana.
E que, agora, ja fazem parte do serviço que é usado ali no restaurante da Abadia.
O que mais serà que falta inventar...?!

domingo, 14 de março de 2010

Uma simbiose perfeita!

Tem coisa que é consolidada pela tradiçao.
E tem coisa que pela experimentaçao, ou pela intuiçao mm.
E esta é uma delas que ficou perfeita: deliciosa!
Entao...
Um bom provolone dolce, que aqui no caso, é o "Auricchietto" (da Auricchio é obvio, rss), acompanhado de um doce de abacaxi feito em casa, com uma fruta ligeiramente acida.
E este doce eu fiz super a olho, quase como se fosse uma geléia, sò que aromatizada com cravo e canela.
E uma fatia do queijinho espalmada com ela se revelou ser algo perfeito: amei!
Provem vcs tb, para se certificarem.
E se precisar, ou quizerem, procurem experimentar outras variaçoes.
Pq esta idéia vai muito bem com outros queijos, tb podendo-se usar outros doces de frutas ou variedades diferentes de mel.
Quem nao quizer arriscar, ao contrario, procure usar as combinaçoes ja consagradas.
Fica a sugestao, ok?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Risoto di gamberi e zucchini

Risoto é sempre um prato que nao precisa, necessariamente, de uma receita.
Pode ser feito com inspiraçao, assim como de um ponto de partida especifico ou de restos esparsos na geladeira.
Sofisticado, caipira ou, mm, insòlito. Indo dos rapidos e praticos até àqueles mais elaborados.
As variaçoes internacionais existem, onde o tipo do arroz é um grande determinante para se obter um resultado idoneo e adequado.
Sabemos que aqueles orientais se servem de um arroz fino, longo e com pouco amido, por exemplo.
Assim como sabemos que poderà ser "pobre ou rico", em uma coisa determinada nao sò pelo momento qto, tb, pelas possibilidades de quem o faz.
O seu "modus operandi" segue pequeninas regras que, imagino, quase todos sejam ao corrente.
Mas existem fatores que vao além do conhecimento da técnica correta.
E nisto, sem citar outros, entramos na interferencia que pode ser provocada pela genètica vigente do cozinheiro, das fases lunares e seus efeitos em nosso planeta ou, até, do proprio estado de espirito de quem o executa.
Enfim...
Nòs aqui de casa temos o que eu chamo de "risoto recorrente", que é aquele que repetimos volta e meia, com ligeiras variaçoes.
Entao digamos que a receita basica seria assim:


RISOTO DI GAMBERI E ZUCCHINI

1 xicara de arroz carnaroli (acho o melhor!) ou arboreo
1/2 xicara de vinho branco seco
2 xicaras de um bom e saboroso caldo (camarao, vegetal , ou de galinha mm)
1 abobrinha cortada em cubos (daquela verde escura, se possivel)
100g de robiola ou um outro queijo cremoso qq (cream cheese, ricotta macia...)


Untar uma frigideira funda com azeite de oliva e colocar o arroz, saltando um pouquinho para aquece-lo, em fogo médio/baixo.
Acrescentar o vinho, mexendo bem até evaporar um pouquinho.
Ir acrescentando o brodo (caldo) por partes, sempre que o anterior começar a "sumir", pq o arroz nao deve permanecer seco.
Mais ou menos na metade do cozimento do arroz acrescentar a abobrinha.
Os camaroes podem ser acrescentados no passo sucessivo, se ainda crus.
Mas se, por acaso, ja estiverem cozidos para se obter o brodo, por exemplo, deixar para coloca-los mais no fim.
Pq tb eles devem estar cozidos mas firmes assim como o arroz que, se sabe, deve ser cozido sò até estar "al dente".
Quem ja fez "escola" com o ponto do macarrao, nao terà dificuldade nenhuma, pq basta ir experimentando, minha gente! rss
E sejam os queijos, seja mm a manteiga, servem para finalizar o risoto, amalgamando o todo.
Tb nao se esqueçam que este é um prato que deve ser servido, rigorosamente, quente, ok?
E que, mm que se diga ao contrario, ainda fica muito bom no dia seguinte.
Assim como tb fornece òtimos bolinhos de arroz se, por acaso, sobrar um exagero!