domingo, 31 de maio de 2009

Mousse au chocolat 1

Como quase todo mundo ja sabe: a palavra "mousse", em frances, quer dizer espuma.
Mas o que vemos é que existem tanto de receitas qto de mal entendidos, sobre este argumento.
A receita original desta de chocolate seria, basicamente, feita com a mistura da gemada com o chocolate fondente e o merengue, que sao unidos com extrema delicadeza e cuidado.
Mas dietas e matérias primas à parte, ja se inventou de tudo!
E se generalizou a ponto de se chamar de mousse qq creme, e mm pudins, que nao teriam nadinha a ver com isto...
Se usa de tudo!
Chantilly, creme de leite, manteiga, gelatina e, tb, o famigerado leite condensado, entre tantas outras bizarrices.
Gente, sejamos criativos e tudo o mais mas, neste caso especifico, nao devemos perder de vista o nome da coisa: "ESPUMA". Pq se o resultado nao for este, pode ser qq coisa menos uma mousse: correto!?...
Tenhamos em mente o paladar daquela receita original, ao menos como um objetivo a ser atingido aproximativamente. Hihihi.
E mais que isso: o resultado nao deve ser um super doce enjoativo, que tantas pessoas ou mm docerias amam fazer. Simplesmente pq nao é assim que deve ser, ja que tenderia a um sabor doce/amargo devido ao chocolate, assim como deveria ser usado.
Pq tem umas "mousses" por ai que, passando da primeira colherada, devem ser engolidas acompanhadas de goles de agua, que é para nao nausear.
E nao é que nao sao boas, pq de gosto elas seriam até que boas, sim. Mas...pecado! Verdadeiras odes ao açucar...
Em resumo, gente: precisa-se impor certos limites.
Para nao terminar confundindo quem espera por uma coisa e acaba recebendo uma outra, rss.
Eu me recordo até hoje daquela receita, "must" dos idos anos oitenta, que é a tal de "mousse facil de maracuja", que a minha mae faz até hoje...
Saborosinha sim, eu nao nego. Mas que de "mousse" mm nao tem nada, nadinha!
Pq é so uma mistura de leite condensado, suco da fruta e, se nao me engano, creme de leite, em iguais proporçoes.
Obvio que eu mm tb ja inventei um monte: figuriamoci!
Chegando até a dispensar os ovos, totalmente, usando no seu lugar estes tais cremes vegetais de se montar chantilly.
Ficou com uma textura muito boa até, mas o gosto nem tanto...
No caso de se usar gelatina, fazer a coisa com moderaçao, ok? Pq basta muito pouco dela para se obter um resultado idoneo.
Leite condensado, entao: hum hum... Pq é docissimo...!
A manteiga, ao contrario, pode dar um bom resultado.
Mas sò vai bem se a usarmos derretida, misturada apenas com o cacao em pò. Pq esta dupla, usada assim, é muito valida para substituir o chocolate em barra.
Eu, pessoalmente, acho que o melhor resultado é o obtido com o creme de leite substituindo a gemada. Realmente o melhor, seja em sabor que em textura.
Pq quase sempre sobram claras nas nossas geladeiras, e isto seria um modo pratico de aproveita-las.
Pq se elas nao se transformam em pudim de claras, que eu adoro, faço a tal da "mousse leggera".
Que nao teria assim uma receita, propriamente. Pq se pode fazer a olho, usando nosso bom senso e proporçao adequada.
Mas ja que fui eu que puxei o assunto...
Para começar posso sugerir assim:

MOUSSE AU CHOCOLAT

-4 ou 5 claras, à temperatura ambiente
-200g de chocolate amargo em barra
-1 caixinha de creme de leite de 200/250g
-4 ou 5 colheres de sopa de açucar

-4 ou 5 colheres de sopa de cacao, em pò, amargo (para dar mais corpo e reforçar o gosto)
-1 colher de sopa de essencia de baunilha ou do licor preferido
- ou especiarias como: cardamono, canela ou cravo, moidos
E todos estes ultimos tres traços sao coisas opcionais, ok?

Digamos que o "modus operandi" tb nao precisaria dizer, pq cada um tem o seu.
Comunque...
Eu faço assim:
Levo o creme de leite com o chocolate picado ao fogo minimo, desligando assim que este comece a derreter. E termino de faze-lo fora do fogo, girando até que derreta todo e seja homogeneo. Reservo.
Obs: seria aqui que eu colocarias as "essencias" e o cacao em pò, se for o caso.
Depois disto, bato as claras em neve com umas gotinhas de limao. E assim que se formam picos, coloco o açucar às colheradas e continuo batendo até formar o merengue, que é qdo as claras ficam bem branquinhas e formam ondulaçoes.
Ai eu pego uma pequena quantidade disto e misturo ao creme de chocolate, com delicados movimentos de baixo para cima.
Depois de misturar esta pequena quantidade, fica muito mais facil acrescentar todo o resto do merengue misturando da mm forma, até que fique homogeneo.
Terminando, basta levar à geladeira, em porçao unica ou em taças individuais.

Muito simples!

sábado, 30 de maio de 2009

Solidariedade

Se vc gosta de seguir a moda, adote esta aqui tb!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O mal estar da incoerencia...

Nao é nadinha legal a gente ter que se sentir incoerente.
E ao menos em um par de coisas, eu me sinto assim.
Sei que nao sou exclusiva neste ambito, o da incoerencia. Mas é fato que muitos convivem e passam bem, apesar disto. Mas eu nao: pq às vzs saber disso me é muito, muito desconfortavel.
Mas do que é que eu estaria falando, nao é verdade...?
Beh!...
Neste caso especifico, falo do fato de sermos carnivoros, e deste nosso lado mais bestial.
Em suma, creio que desde que nasci tive problemas a este respeito.
Principalmente pq minha familia sempre comeu carne, normal e regularmente: antepassados e descendentes, todos.
Talvez seja por eu ser a unica, reconhecidamente, com "Rh -": quem sabe...? rss
Pq, durante muitos e muitos anos, a unica proteina animal que eu aceitava e consumia, assim de boa vontade, era a do leite e seus derivados. Rocheforts e gorgonzolas do meu pai, verdes de tanto mofo, à parte, rss.
Mas mm assim, nao que contrariada, tinha uma certa intolerancia ao leite em natura e, por indicaçao médica, sò podia tomar aquele feito com leite em pò.
Se insistia em tomar um copo daquele de litro, normal, era acometida com tantas e inexplicaveis nauseas.
Vai entender...!
Pq o fato é que, ao menos o leite, eu adorava!
Mas ovo e carne nao faziam parte do meu gibi e, esses, eu nao conseguia nem olhar, qto mais comer!
Para mim eram "inengoliveis"! Principalmente se tinham cara daquilo que eram, explicitamente, sem disfarce nenhum.
Apesar de eu ter ficado sabendo que minha mae, qdo eramos pequenas, fazia chocolate batido com gemas cruas, imaginem vcs!...
No mercado, aquelas pobres galinhas dentro de gaiolas, me deixavam em estado de afliçao total, mais ainda qdo alguém escolhia uma e saia com a coitada carregada pelas pernas...
E aquelas avicolas onde se vendia carne de frango, que eram escolhidos ainda vivos pelo fregues? Nossa mae...! Até me arrepia lembrar...
Pobres filhotes de bichos, mortos, tipo leitaozinho, cabritinho, que eram expostos em vitines frigorificas entao...nem digo!
Lagostas e mariscos vivos sobre o gelo: coitados...
E ter que escutar, e saber, que o vizinho estava matando um porco, ali pertinho de casa, era algo que me cortava o coraçao e me enchia de revolta.
Qto a isto, ao menos, devo agradecer que estas coisas aconteceram qdo eu era uma menininha e que toda esta "farra" acabou cedo! Nao tanto qto eu gostaria, obvio. Pq preferia nem ter a lembrança...
A normatizaçao nesta area, nos poupou de toparmos com algumas destas cenas grotescas.
Por aqui algumas pessoas ainda criam cabras, ovelhas e porcos em casa, para depois chamarem o açouqueiro para fazer o "serviço", isto, é, presunto, linguiças e capocollos...
Por isso, por favor, lhes peço que me poupem em descrever algo neste sentido.
Grazie!
Pq ainda tenho duvida se eu seria uma pretensa vegetariana ou apenas uma carnivora extremamente sensivel.
Se bem ainda me recorde de que dormia sentada na frente de um ovo cozido, vencendo os adultos pelo cansaço. No caso: a minha avò Anna, mais a sua copeira e a sua cozinheira.
Como tb de jogar todo o bife, que estava picadinho no meu prato, embaixo do cadeirao de minha irma Flavia, apos ter mastigado cada pedacinho dele. Isto na minha esperança, infantil, de que minha mae nao ficasse brava COMIGO...rss.
Atè que me esforçava, juro! Mas por mais que quizesse engolir aquele amontoado de fibras, elas teimavam em se equilibrar na minha goela, me dando um mal estar danado e uma ansia incontrolavel.
Um belo trauma, daqueles!
Que na verdade, com o passar dos anos, eu fui me resignando em controlar, terminando por apaziguar esta minha aversao por proteina animal.
Mas como ja é sabido, sem ser publitizado, às vzs me escapa de ter uma recaida, rss.
Pq acontece de aquela reaçao, atavica, se fazer presente inadvertidamente.
E pq eu estaria falando disto, hoje?
Beh!...
Simplesmente pq, pensando estar livre disto, me aconteceu de novo. E isto apesar de toda a minha idade e de todo o controle que eu pudesse ter da situaçao.
E entao, hoje, terminei abraçada ao vaso sanitario, e em pleno horario de almoço, rss.
Em um episòdio que, esporadicamente, me acontecia em churrascadas daquelas muito exuberantes demais para o meu gosto. Onde, entao, eu participava, sò que integrando a chamada "turma do pao com linguiça".
O que sò me servia para ficar irritada com toda aquela insistencia da parte dos devoradores de carne.
Embora eu deva admitir ja ter sucumbido ao menos uma vez, experimentando uma bisteca fiorentina, que é a deusa mòr deste pessoal.
Mas nao esperava de modo nenhum que, com um filet envolto em folhas de salvia e assado no sal grosso, isto me pudesse ocorrer novamente.
Que coisa mais chata...!
E ainda bem que eu nao estava no restaurante, 4 estrelas luxo, que serve isto.
Pq seria um belo de um vexame. Se seria!
Que quem sabe, sò me passara no dia em que eu decidir, de uma vez por todas, que eu nasci para ser vegetariana.
Mas até la, por favor, façam atençao comigo!
Hihihihi...



segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pegas em flagrante!


Como eu ja disse, a rosa canina é uma "dorminhoca", que se fecha apenas o sol tramonta. Mas desta vez, além de achar uma planta enorme que deve ser centenaria e o horario do dia ser o justo, consegui pega-las descaradamente abertas!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Finalmente a encontrei!

Ja era tramonto e a danadinha ja tinha "fechado" as suas pétalas delicadas...
Mas mm assim, pudemos reconhecer o seu arbustinho caracteristico das rosas, e perceber que se tratava dela, margeando uma trilha bem ali no meio do bosque.
A bucòlica, selvagem e famosa Rosa Canina.
Para mim ela tinha se tornado algo quase que mitico, de tanto que eu queria "topar" com esta planta, que tem seus inumeros efeitos medicinais conhecidos ja ha milenios!
Trata-se de uma rosa simples, perfumada e sem petalas superpostas que, junto como a Rosa Gallica, sao chamadas de "rosas dos bosques", ou selvagens. Pq é sò ali que progridem bem, fazendo suas flores e frutos. Para quem ainda se lembra que as rosas entram no grupo das chamadas "frutti del bosco", ou vermelhas, tanto qto as amoras e as framboesas, que sao da sua mm familia: Rosaceae...
Como fitoterapico, elas tem um efeito adstringente e diurético, além de serem ricas em vitamina C.
Uma planta que, ao menos para mim, tinha se tornado assim quase que como um "santo graal",rss.
Junto com a uva ursina, que continuarei a buscar!

domingo, 17 de maio de 2009

Um artigo que escreveu Luiza...


" O conflito, sob esta ou aquela forma, parece ser a norma da vida, e, sem ele, permanece que a vida nada significaria. Para a maioria de nòs, o cessar da luta é morte. A busca subentende luta, conflito, e este processo é essencial ao homem: ou existe uma outra "maneira" de vida, sem busca e sem luta? Por que e o que buscamos?..."( J. Krishnamurti)

Nòs, pessoas mais maduras, que ja combatemos tantas batalhas e que superamos tantos conflitos, pessoais ou nao, por vzs nem nos lembramos mais de como nos sentiamos, ou mm pensavamos, qdo eramos jovens...
Assim transcrevo "ipsis literis", um artigo que minha filha escreveu comentando sobre aquelas coisas que nos passam pela mente, na dificil fase em que nos confrontamos com a face dura da realidade.

"A prova d’água

No início a tarefa parecia simples, no entanto o tema infantil revelou-se árduo. Primeiro quis escrever um poema sobre: o Amor. Mas, o trabalho de sintetizar em poucas palavras esse conteúdo muito complexo foi além do que poderia exigir da minha inteligência emocional.
Por isso prossegui a empreitada com um texto analítico, quase uma dissertação em prosa, que novamente não aprovei.
O caráter metódico com o qual as idéias ficaram expostas fez a redação parecer mais com um diagnóstico social do amor, que declarava o sentimento uma infecção crônica.
A conclusão lógica que pude tirar é que a enfermidade estava em mim! São as minhas dúvidas persistentes e febris que estão atravancando o trabalho. Pois, me pergunto silenciosamente: quantas pessoas já lhe disseram “te amo”? Quantos já expressaram, efetivamente, carinho incondicional sem jamais pronunciar a palavra amor?
Será que não quero me revelar neste exercício? Sem dúvida! A fim de não me mostrar dominada nem dominadora.
Ainda que alterasse a tática na redação, para por meio da crônica tentar me esconder, tornando- me inquiridora atrás de perguntas aos interlocutores. Essa técnica nitidamente não estava funcionando, já que nem a mim mesma ocultava a farsa...
Esse tema....Amor...me desqualifica como fingidora, essa palavra me desgosta, ela incomoda, essa maldita me amedronta, me despindo de máscaras. Essazinha... ditadora! Tanto das relações inter-pessoais, quanto da relação que temos com nós mesmos. Seu conteúdo é embutido de uma variedade de Amores, assim confuso como se tivesse infinitas facetas que são espécies de amores, são uma fração do gênero, entretanto, todas as porções são importantes? Nenhuma delas é dispensável.
Por fim, assumo! Como alcançar um amor inteiro? Quero desistir dessa palavra incômoda! Posso pensar como essa curta palavra abastece uma indústria imensa, que interfere na economia e na moral. Essa palavrinha... tão explorada que repito: me desgosta.
Ela é objeto de exaustiva autópsia cultural a ponto de não restar mais nada de essencial no produto consumindo; sobra, apenas, a forma do coração, o desenho do ideograma, embalagens vazias.
O sentido do que jazia ali dentro foi perdido.
Sim, estou irritada, é tanta banalidade no dia-a-dia que me sinto dominada pela vontade de ser acéfala! Pela necessidade de ignorar, desmerecer, desprestigiar, desconstruir, desfazer, destruir!
Fazer assim como fizeram com essa pequena palavra: cremada e jogada ao vento.
Ainda que abandone tudo resta o medo, se a realidade fez isso com o amor imagine o que fará comigo....

16 de maio de 2009,
Luiza Helena"

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Esta foi trazida por uma amigo...!

Sò para ilustrar para vcs o quanto se pode "inventar", criando estas tortas de frutas! Os cachos de ribes, que sao aquelas bolinhas vermelhas conhecidas como groselha, dao o toque alegre ao bordo de nectarinas.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

La Pasta Frolla

Ja faz uns bons anos que entrei, definitivamente, em uma fase da vida que devo fazer quase que tudo com as minhas proprias maos mm que antes ja o fizesse sempre que podia, por puro gosto. Entao, ultimamente eu resolvi dar mais uns passos e enfrentar novos desafios.
Quer dizer: me dispus a começar fazer aquelas coisas meio que miticas, que na maioria das vzs ja compramos prontas, pq nao nos sentindo "à altura da coisa", rss.
Aqui por estas bandas, temos que um verdadeiro "must" sao estas tortas feitas com frutas frescas dispostas sobre um creme tipo ingles, "crema pasticccera", e ligeiramente cobertas com uma gelatina ou geléia. Isso sem nem falar da famosa "crostata"...
Com o calor ja dando a sua cara por aqui, as frutas com o preço despencando, além das geléias e conservas que eu fiz com aquelas que colhi no campo no ano passado, eu me senti obrigada a tocar uma produçao de tortas adiante, quizesse ou nao!
Idealizando, como objetivo, as tortas feitas pela Pasticceria Migliorati, aqui em Umbertide, que faz a crostata com a melhor pasta frolla que eu ja tenha experimentado! Os seus recheios sao feitos com gelèias caseiras de frutas, que sao divinas. Mas tem tb uma com recheio de Nutella, "banalzinha", que é uma verdadeira perdiçao...!
Alias, a primeira vez que chegamos ali foi seguindo o rastro do cheiro que pairava no ar, até desembocar na porta desta confeitaria quase centenaria...
Lembrando um poco a cena daqueles gibis onde o Huguinho, o Zézinho e o Luisinho flutuavam através da onda de fumaça que saia da torta que a vovò Donalda tinha deixado esfriando na janela, rss.
Enfim, sem a pretensao de produzir algo do nivel, muito pelo contrario, pus as maos à obra.
E o resultado ficou bom e bem saboroso, deixando algumas pretensoes de lado.
Digo isto pq, sonhos à parte, resolvi deixar de lado aquela coisa, infantil, de achar que escolhi os numeros magicos que vencerao a loteria ou que eu sou a maior guitarrista do mundo, sò que ninguém nem imagina isso. Entao, eu me contive e fui muuuuito mais modesta, ao fazer esta pasta frolla! Hihihi.
Enfim...
Na primeira vez que tinha feito uma assim eu usei uma massa comprada ja pronta, que estava no freezer, e mais dois kiwis que sobreviviam no cesto de frutas.
Nesta segunda vez eu fiz para usar 1kg de morangos frescos mm sem ter a massa pronta.
Dai, o fato é que encontrei uma receita que me pareceu boa, bem explicada e que usava o tal do açucar impalpavel, tipo glaçucar.
Se pode usar tb aquele açucar normal assim como ele é ou, entao, deixa-lo mais fininho batendo no liquidificador.
Sabemos todos que este tipo massa deve ser pouquissimo manipulada e que a manteiga deve estar gelada, para se obter um melhor resultado.
Claras ou muito açucar a deixam excessivamente crocante. Assim como farinha rica em glutine a deixa borrachenta e que, tb, uma forma muito untada passa um gosto ruim de queimado.
E que serve de base para varias preparaçoes. Em tortas, a espessura gira em torno a 0,5cm, podendo ser assada antes de se colocar o recheio ou nao.
Para bolachas, basta deixa-la mais alta e acrescentar chocolate na massa, por exemplo.
Enfim...
Nao se assustem nao, pq é facil, facil.
Tanto estupidamente facil de se fazer, que pode terminar em um baita de um resultado critico! Hihihi!
O bom, e que consola, é que é sempre saborosa, independente de nao ter atingido às nossas expectativas todas.
E com esta boa opçao as nossas frutas, desprezadas ali fruteira, nunca mais serao as mesmas!

Pasta Frolla
240g de farinha
160g de manteiga gelada em cubinhos
80g de açucar de confeiteiro (tb pode ser o normal mm)
2 gemas de ovo
raspinhas de limao
Começar "farofando" a manteiga com a farinha, usando as pontas dos dedos, até incorpora-la toda.
Acrescentar a isto o açucar peneirado, misturando.
Fazer um vulcao neste composto e acrescentar as gemas.
Com o auxilio de um garfo, misturar, sem exagerar no movimento, que deve ser rapido.
Agregar formando uma bola com as proprias maos, mas sem manipular, sò juntando mm.
Se o composto ainda estiver muito seco para se conseguir faze-lo, acrescentar agua gelada aos pouquinhos, seja às colheradas ou borrifando com um spray.
Apenas se obtem a bola, envolve-la em plastico e deixar repousando na geladeira por, pelo menos, uma meia hora.
Depois, forrar com a massa uma forma de uns 26cm de diametro, de preferencia com fundo removivel, adaptando-a com as maos ao fundo e às laterais. Deve ficar com uma espessura meio que uniforme. E mm que se abram espaços, sem problema! Pq é muito facil se manipular e terminar com um recorte bonito para esta base.
Ai se pontilha ela toda, espaçadamente, usando um garfo. Preferindo, pode-se forrar com papel de forno e encher o fundo com feijoes. Isto é para evitar que a massa, cozida, se "levante".
Levar ao forno pre aquecido a 180°C atè dourar ligeiramente.

Enquanto a base esta assando, se providenciam as frutas para a cobertura e o creme.
As frutas devem ser higienizadas e secas e podem ser usadas inteiras ou cortadas em fatias, pq cada um decide como é melhor fazer.
E o creme do recheio eu sei que cada familia tem uma receita propria. Por isso, basta que fique sò um tantinho mais consistente que o normal e seja em pouca quantidade. Pq o danado serve sò como um colchao para se apoiar as frutas, e nao é que precisa mais que um dedo de altura para fazer isto!...
A tal da gelatina, por sua vez, nao sei se vcs encontram aqueles preparados proprios para cobrir tortas deste tipo e que, mm aqui, sao a base de fecula de mandioca (acreditem...).
Se nao tem, criem vcs mesmos uma diluiçao de gelatina incolor em pò que faça as vzs destas ai.
Algo do tipo: uma colher de cha da gelatina de pacote diluida em meio copo de agua morna, com uma ou duas colheres de sopa de açucar, por exemplo.
Pq o fato é que nao serve submergir as frutas na gelatina, nao! Mas somente como que "pincelar" sobre elas uma boa camada protetiva, a fim de que nao se oxidem e escureçam.
Com este mm intuito existe uma outra opçao, que seria a de se usar uma espessa cobertura com geléia de damasco ou pessego, que surtiria este mm efeito.
Entao com tudo isto pronto, basta montar a torta em camadas, cobrir com a gelatina ou a geléia, e levar para gelar.

Bem, é isto..
Sei que de tanto ver estas coisas ja prontas em uma confeitaria a gente até que se assusta, mas acreditem: é facil e bem pratico!

sábado, 9 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Do potencial e das possibilidades...


As unicas coisas efetivamente compradas para fazer estas "artes" foram: os pinos em madeira, o material para a borboleta 3D, os ganchos para pendurar e o ratinho, minusculo, que se apoia na pedrinha branca perto do pedaço de tronco.
Pq quase todo o resto veio do bosque, durante minhas caminhadas. Pq sempre caminho com um objetivo tipo: recolher pedras, fotografar plantas, ou mm pegar ramos e folhas que sejam interessantes, por um ou outro motivo.
A base do "porta trecos" é madeira de descarte, de qdo fecharam o nosso terraço aqui de casa. Tinha bordos macho/femea e foi cortada e "escavocada" com a ponta de uma faca para ostras e martelo, em uma impulsiva e total improvisaçao, rss. E isto, principalmente, pq eu nao queria nem precisao e nem as marcas feitas pela serra tico tico...
No mais, a cola e o verniz acetinado nao contam, pq eu uso pra fazer todas as tranqueiras que faço.
O porta pano de prato foi feito com as cunhas que se fazem nas arvores que serao sacrificadas nos pontos onde existem "areas de lazer", nos parques aqui perto de casa. A prefeitura leva os troncos embora e deixa estes pobres pedaços abandonados ali pelo chao. Em vez deles virarem adubo, o que nao deixaria de ser util tb, eu usei uns seis deles, ao menos, para fazer varios objetos de se pendurar de tudo. Incluindo nisto mais uns dois galhos, bem legais, que eu achei.
O pequeno e interessante pedaço de tronco do "svuota tasca" eu o achei, todo encardido!
Tinha chovido e ele estava no meio de uma poça de agua, nas cercanias de um abadia do século 12, que fica bem no alto de uma das montanhas aqui das redondezas. Os oito monges, que ali habitam, cuidam de um horto e de um "jardim magico" que circundam um eremo , onde existe um enorme e belissimo cedro, milenar.
Enfim...
Dai eu escovei tudo, bem escovadinho com uma escova de aço, para evidenciar as nervuras todas das madeiras. Coloquei os ganchos atras e depois furei com a furadeira, para poder colar os pinos.
Montei as borboletas todas que, junto com as pedras selecionadas e o ratinho, foram coladas às peças ja prontas.
Sempre que der colocarei umas fotos destas minhas peripécias aqui, sem mais ter que explicar de onde aparecem, ok?
Sao, quase que sempre, pura reciclagem!
E é isso...
Estou sempre vendo possibilidades, e potencial, em tudo que me passa pela frente. Inclusive, e mais ainda, se forem para terminar no lixo! hihihi...

domingo, 3 de maio de 2009

Kibes...

Os quibes ali de cima foram feitos "à olho". E estes da foto de baixo, seguindo a receita do Restaurante Arabia, ali da cidade de Sao Paulo.

Dificil compreender, mas eu estou em uma fase onde me vejo obcecada pela culinaria médio-oriental...
Nao me escapam baklavas, boreks, mussakas, kibes, tabules e rahas, enquanto ensaio para fazer esfihas abertas cobertas com creme azedo.
Enfim...
Penso que encontrar a pasta filo grega, assim tanto facil, me desencadeou o tal fenomeno.
Qdo meu avo era vivo, fazia um quibe que era simplesmente estupendo!
E que eu comia até quase ter indisgestao: era perfeito.
E alguém perguntaria: mas o que tem a ver um italiano que faz quibes?!
Pois é: nadinha.
Acontece que meu avo, que era farmaceutico, tinha tido um amigo e fregues libanes, que era dentista, e que lhe ensinou os truques da coisa.
E nunca mais senti uma textura e um gosto, com um marcante toque de hortela, que me "dissesse" alguma coisa...
E eu tentei, tentei, tentei, tentei e tentei, tantas vzs! E em inumeras receitas e improvisaçoes, por anos e por anos a fio...
Comi tudo o que fiz, é verdade, sò pq nao jogo nada fora. Mas os resultados sempre deixaram a desejar. Ao menos para a minha memòria, carente de tudo aquilo que cozinhavam os meus queridos avos maternos...!
Dai, coloquei aqui para vcs a foto da ultima grande receita que peguei na internet e reproduzi, "ipsis literis", e que estao naquela forma de quibes ali da foto.
Boa, posso dizer. Mas que tb nao chegou "la" e me deixou meio que frustada pela enésima volta.
Dai, um outro dia, o Gianluca resolveu fazer um "ragù" como manda o figurino, e comprou carne moida de vaca e de porco.
E nao usou toda, pq deixou mais da metade delas.
Eu, mirabolando o que fazer com aquilo, me lembrei de ter congelada uma menta spicata e de ter, tb, um trigo "già mezzo scaduto", que eu trouxe de SP.
Digo menta spicata pq se assemelha estètica e em paladar à hortela "vera e propria". Pq a menta romana nao teria assim um gosto decente e a menta piperita, por sua vez, um gosto danado de pasta de dentes!
Entao esta tal da menta, que eu terminei nao achando ali no "buraco negro" do meu freezer, me fez seguir usando a boa e velha "mentuccia"mm. Sò que tanto ela qto a salsa eram, as duas, desidratadas. Pq eu sempre tenho um estoque de tudo qto é desidratado para uma emergencia, como neste caso, ja que eu tinha enfiado a idéia na minha cabeça e nao via mais uma outra alternativa sequer.
A sorte é, que a mentuccia é a que tem o gosto mais parecido com aquele da hortela que nòs conhecemos.Acontece sò de ser muito mais delicado e sutil, qdo esta fresca. Mas eu intui que ela, estando desidrata e sendo usada tipo às toneladas, daria o efeito desejado por mim.
E bingo: acertei em cheio!!
... tantos anos de vans tentativas.
No mais, fiz uma coisa por puro oportunismo: acrescentei uma clara de ovo que estava dando sopa ali na geladeira. E isto nao interferiu no gosto e facilitou um monte dar a forma justa.
Depois de prontos, eu assei no forno besuntados com "olio extra vergine di oliva".
E o resultado, desta vez, ficou simplesmente es-tu-pen-do !!!!!!!!!!!!!
Sempre do meu ponto de vista, bem entendido.
E estes quibes, que espero conseguir repetir de novo com igual resultado em um futuro proximo, sao aqueles que sobraram ali no cestinho de vime.
Se alguém preferir seguir a receita do Arabia, imagino que possa acessar o site deles ou o Google.
Sendo uma receita mais tradicional, ela tinha aquele refogadinho de carne com zatar como recheio. Esta parte eu saltei, nestes outros que fiz, pq prefiro assim.
Gente, passar uma receita feita a olho vcs sabem como é: fica valida a idéia e aceitas as improvisaçoes, ok?
Obvio que tendo o bom senso de se limitar a nao descaracterizar o prato! Senao a coisa toda pode virar sò um bolinho de carne banal, n'é mesmo...? rss.
Kibe
-500g de carne moida meio a meio: vaca e porco
-1 cebola média finamente picada
-1 colher de sopa rasa de salsinha desidratada
-2 colheres de sopa, bem cheias, de "mentuccia" desidratada ( hortela fresca seria o indicado)
-1 clara de ovo
-pimenta creola (se tiver a arabe é melhor ainda)
-sal a gosto
-(1/2 xicara de trigo partido)
Amassar bem tudo, menos o trigo, e deixar "marinando" até 24hs, se for possivel.
Meia hora antes de modelar os quibezinhos, deixar de molho em agua o trigo para que ele inche.
Depois é sò espremer toda a agua e amassa-lo super bem, junto com o resto do composto.
Modelar os bolinhos na forma justa, colocar em forma untada com azeite, pincelando-os tb.
Levar em forno préaquecido à 200°C, girando uma vez e até que dourem por igual.
Eu comi os meus com algumas gotinhas de limao.
Mas cada um decide o que é melhor fazer com as suas memorias...!