sábado, 2 de agosto de 2008

...aprendendo a entender os sinais.

Se vc nao entendeu: "perigo de aluviao, no caso de um alarme, afastar-se tempestivante". O quer dizer:"sebo nas canelas, pessoal!"...
Ja ha tempos, qdo passo por um trecho da minha caminhada de 7 km junto com a srta. Tilda, deparo com esta placa que vcs conferem acima.
E ela é relativamente recente, a bem da verdade.
Mas apesar disto, e devo ser franca, nem quase reparo mais nela: que ja fiquei acostumada. Algo que muito provavelmente, e apenas vcs terminem de ler isto aqui, tb acontecera com vcs...
Pq este percurso que fazemos, agora, faz parte de um, oficialmente e por assim dizer, "museu à céu aberto".
E passamos por uma fazenda, fortemente voltada para a cultura do tabaco, onde tb criam vacas da raça chianina, aves e mais um solitario cavalo castrado, nosso amigo.
E colada nela existe uma reserva florestal, com o intuito de criar animais selvagens com a finalidade de "repopular" outras areas. E ali tem tudo qto é tipo de animal selvagem que, se nao escapa dali para ser atropelado ou para cair nas garras dos malditos caçadores da fazenda, vive sua vida com uma certa tranquilidade.
E passamos, tb, por tantas e belas ruinas de casas rurais, sabe-se la de que seculo, em pontos belissimos do nosso caminho. Todas irremediavelmente abandonadas, no decurso de décadas, na fuga para a cidade. Que ser contadino nao faz vista, na nossa sociedade moderna.
Ao menos na visao de um que sempre teve o seu pé, por assim, dizer, na lama.
E que prefere ser de esquerda, "por tradiçao", mas com roupa de grife e uma Porsh Carrera 4x4 ultimo tipo, na garagem de um prédio, bem longe do trator Ferrari do seu avo, ali estacionado ao lado do curral...
Pq para nòs, cosmopolitas acanitos, a utopia de viver no campo, em contra partida, é cheia de um certo e irresistivel atrativo.
Um vero "must" sujar as maos na terra, viver perto da natureza, ser ecologicamente correto. Enfim, um tipo to-tal-men-te... bucòlico.
Pq isto sim que é uma moda pra se seguir, ja que o contraste metropolitanoxrural é um bocado charmosinho, faz tipo até.
Mas quem sabe os motivos reais que levam uma pessoa a fazer o 8 ou 80...?Boh...
E deixemos de lado o discurso da poluiçao, para um e do tédio, para o outro, que as decisoes ja foram tomadas.
Em mais um fenomeno que, talvez, tenha alguma coisa a ver com a tal da famosa atraçao dos opostos.
Enfim, vcs me desculpem pela divagaçao, ja que eu acabei, por inércia, fazendo mentalmente todo o meu percurso, de todo o santo dia. Provavelmente e pelo mesmo motivo, que me faz digitar o numero da minha mae, sempre que quero telefonar para outra pessoa...!
Mas voltemos à tal da placa que ativa, ocasionalmente, a minha atençao. Uma coisa que nao é pouca para uma assim como eu, que quase sempre respira uma outra dimensao.
Pq a verdade é esta: aquela placa esta ali avisando de um perigo eminente e praticamente "inescapavel", caso venha a acontecer.
Mas gente! Em um dia assim de céu tremendamente azul, com uma paisagem maravilhosa, entre bosques e castelos do século X: quem é que vai reparar que, estando às margens do Tibre, um aluviao possa REALMENTE acontecer!!?
Sem chance...
E a placa se incorpora, como mais um elemento decorativo e ignorado, no percurso que fazemos.
Talvez as pessoas que tenham vivido em tempos passados e longinguos, naquelas ruinas de casas abandonadas, pudessem nos contar alguma coisa a este respeito...
Talvez nem todas elas tenham abandonado suas casas por modismo: quem sabe?
Outros, talvez até, possam ter sido "portati via" juntos com as aguas tempestuosas de um Tibre enfuriado, imagino.
E estes coitados nem tinham uma placa para avisar-los de sair correndo apenas escutassem alguma coisa anormal. Talvez, sò mm algum idoso que se recordava de uma catastrofe ocorrida no passado e que avisava, alarmado, as pessoas, que nao lhe davam atençao...
Pq a vida da gente é assim, cheia de sinais, cheia de avisos e de conselhos.
Mas...nòs seguimos em frente. E, quase sempre, repetindo as mm coisas que quem, carregado ou nao pelas aguas turbulentas, cometeu no passado.
Aquela vozinha, que todos nòs temos dentro, esta sempre dando os seus toques pra gente: " e ai, prestou atençao...?", "aprendeu que isto nao pode ser assim?", " notou que esta pessoa nao é o que parece ser?", " ou que esta outra pode lhe fazer mal", "vc nao acha que isto é perigoso?", "nao é que seria melhor usar o bom senso?", "experimente meditar sobre o assunto", "que tal seguir o seu coraçao!", "viu sò!", "bem que tinha avisado...! e bla, bla, bla...bla.
Pq as aparencias enganam.
E nao é pq o dia esta assim maravilhoso, que aquele aviso nao possa vir um dia. e efetivamente, a acontecer...
Mas se acontecer, o que e quanto tempo se precisaria para se tomar a decisao de se afastar "tempestivamente", daquele lugar onde se passa todo o santo dia...?!
Pq mudar o percurso é uma manobra à qual nao estamos habituados, ainda mais se estamos transitando por lugares assim tanto familiares.
Pq, apesar dos sinais evidentes, nos baseamos na aparencia, na falsa segurança que estabelecemos, relegando até a nossa propria lògica.
Pq vemos e acreditamos naquilo que é mais conveniente para nòs, em um dado momento, e dentro de uma certa emoçao.
Tudo isto me faz pensar, aquela placa ali no meio do meu caminho...


6 comentários:

Fábio Adiron disse...

Você sabia que, no direito brasileiro, o aluvião formado às margens dos rios passam a ser de propriedade do dono do terreno adjacente ?

"Dispõe o Código Civil no seu artigo 1.250: Os acréscimos formados,sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem."

Alguns tem de correr do dito cujo, outros torcem para que ele se forme...

clau disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
clau disse...

Obs: Gente, distraçoes à parte,o tal do comentario excluido era meu mesmo, que me esqueci e escrevi em italiano, ok? Sorry...!

clau disse...

Oi Fabio! Valeu pela informaçao pratica; e nao sei se aqui tb seria assim.
Mas cà entre nòs: nao deixa de ser uma estranha disposiçao esta...
Certo que a terra, depois de um evento destes, seria muito mais fèrtil e coisa e tal. Mas se alguém tem a casa no caminho de um desastre, nao creio que ficarà contente em nao ser indenizado, para sò para ficar esperando os lucros de uma colheita que podera ser excepcional...
Comunque...vai saber, n'é verdade?
Bjs!

Nela disse...

Olá querida Claú,sabe eu de leis sei pouco, mas o que sei é que quem tem algo, deveria ser obrigado a reponsabilisar-se e além de ser obrigado a manter tudo limpo ser obrigado em manter a terra em condições, sem implicar a segurança e o bem estar das outras pessoas.Cá em Portugal também acontece, no campo á pessoas que não os limpam ou mandam limpar, deixam crescer mato, o qu daí vem a gerar os incêndios, por vezes de fogo posto, porque é um meio de ficarem com o mato limpo, outras vezes malvadez do vizinho que ficou farto de ver tanto mato, mas não se lembrou que o fogo por vezes a dimensão é tanta, que além de apanhar terrenos agrículas, apanha as prórprias casas, e as pessoas animais.E metade das vezes para os madeireiros comprarem a madeira das árvores mais barata.è incrivel a mentalidade tão má das pessoas, relmente há povoações, que são constituidas aquase por pessoas de idade, os jovens vêm para a cidade, não querem passar o que os pais e avós passaram,mas já há muitas pessoas jovens a ir para a provincia e fazer lá uma vida nova mas nem muitos o fazem, talvez mais os imigrantes.Mas o nosso governo tem a culpa não facilita a vida a ninguem mesmo, agora até um suplumento estão a dar aos jovens para o casamento e para terem filhos e ficarem a viver nas aldeias.Mas há sítios complicados, sem água sem luz nenhum saneamento, como as pessoas não hão-de fugir? á aldeias com 2 pessoas, abandono total, faz dó.Na cidade ainda á pouco caiu um prédio centinario, porque os senhorios dizem que os alugueres são baixos, e então não fazem obras. nem deixam quem lá habita fazer.Prédios lindos antigos com fachadas altivas, a junta obrigada mas eles dizem que não têm verbas.Lá caem com pessoas a lá morar como foi este á pouco tempo, que ficarão sem os seus haveres e estão á espera de uma sulução, enquanto isso vivem em pensões, ou em casa de família.E tantos palacetes desabitados, com tanta história ,que faz dó olhar, porque os herdeiros não conseguem vender pelo montante que querem e deixam cair, para vender os terrenos.è muito mau mesmo tudo o que se passa é péssimo,e sabe há muitos sítios lindos onde nós vamos passear, e que é mortal por causa da falta de entendimento das pessoas, que não sinalizam que há poços, fundos e que tanta criança ´caí por vezes, e caminhos com ravinas, que pensamos que é seguro, e lá se caí.È triste como a falta de cuidado é tanta.Como o governo fala tanto e nada faz.Sabe não resisto quando saíu e vejo palacees abandonados, alguns em ruínas, outros servem para os sem abrigo lá dormirem, mas os abandonados já tenho ido meter o "olho"adoro ver, não sei como os donos ou herdeiros não têm dó, casas com tanta história.Vou muito para a serra mais alta de Portugal Serra da Estrela, pais do namorado de minha filha moram lá, estiveram anos no Luxamburgo onde nasceu namorado de minha filha e irmão, mas voltaram á terra de origem, hoje já mais velhos foram tarde pais,lá estão num vale enorme, com terra e terra á volta, uma casa aqui outra distanta,mas o sr. arranja a terra que pode o resto o que já é dificil porque não há quem faça, mesmo pagando, manda cortar, mato árvores que estão prestes a cair.E tem dó de ver tudo o que costumava ver em tempo cultivado, mesmo não lhe pertencendo..abandonado.O casal vive lá o namorado de minha filha veio muito cedo para Sintra onde mora e trabalha é engenheiro ,mecanico, o irmão é professor e dá aulas no Algarve.Mas sempre que pode lá estão, a mãe por motivos de saude já pensou vir para sintra mas o pai nem pode ouvir falar, ainda lá tem a mãe com 9o anos.E assim tudo vai acabado como é real a vida deles é cá, embora os pais tenham contruido lá casas para os filhos mas é impossivel.De caminho de minha casa que fica para cá do tejo até lá são 4 horas de caminho.Pela auto estrada tudo bem, depois começa a ser curvas e curvas que enjoa,costumamos dizer a brinca que aquelas estradas foram feitas por um inglês, é só ssss.Mas é lindo tudo verde belo mesmo e de Inverno é a neve que fica a serra branquinha.Clau me desculpe achei graça compartilhar isto cobsigo. Bom domingo beijito.

clau disse...

Pois é Nela...
Torce que torce, a vida de quem quer ir ou, mm, continuar no campo nao é nada facil nao...!
E os governos, nao importa de onde sejam, nao ajudam muito: fazer o que.
Bjs!