segunda-feira, 9 de junho de 2008

...vontades niponicas

a matéria prima, com os rolinhos ja feitos
os apetrechos todos: faltaram as fatias de gengibre fresco e as tirinhas de nabo, que eu nao tinha


Sabemos que ai em SP, e nao importam as nossas origens, se cresce a base de lasanha e de sushis.
Mas a coisa se torna dificil qdo se vive, assim, no meio do mato, na utopica "provincia" dos discursos do meu saudoso pai...
Aqui, em grandes cidades, se encontra a cozinha japonesa.
E nos momentos dos desvarios de alguém, até em cidades provincianas.
Mas a qual preço?
Pq ja numericamente custa tanto, sem nem falar que é em euro, n'é gente!
Ou vcs acham que uma porçaozinha mixuruca valeria $44 deles...?
E preciso salientar que aqui, no nosso pedaço e no imaginario campagnolo, a comida japonesa é crua.
E nao tem argumento ou discussao que lhes demova deste simplismo, pq o pessoal "sabe", se vcs me entendem. Pq entramos, aqui, no departamento daquela "convicçao da ignorancia" de que ja falava o Einstein...
Pq, se vcs ja reparam, o ignorante costuma ser sempre o mais convicto e irremovivel dos seres: uma tristeza...
E neste ambito de "conhecimento", e passados os curiosos da vez, os lugares terminam fechando.
E ai o Gianluca, que é um voraz devorador de comida japonesa e que, se dependesse dele, ja saltaria do aviao direto em seu restaurante japones favorito em SP, olha para sua bisnaga de wasabi com tristeza...
Mas pessoal...é muito duro achar os ingredientes adequados para se fazer qq coisa niponica por aqui, que é um lugar de tantos tradicionalistas, muuuitos arabes e um tantinho de chineses e indianos.
Mas termina que ACHAMOS, fi-nal-men-te: ufa!
E dai vinha a parte mais dificil do "maos à obra"... Pq quem é que ja tinha feito isto na vida, se ai em SP è super em conta chamar o delivery...?
Assim, munida de informaçoes e manuais cibernéticos, rompi o lacre da embalagem de algas marinhas tostadas verso o desconhecido...!
Nao sem deixar de ficar um àttimo estonteada e com a respiraçao suspensa.
Mas ai me veio na mente a frase da mae de um amiguinho do meu filho, de origem italiana (mas casada com um nissei), que me disse uma vez: "...nao é dificil fazer sushis".
Ahm...?
...como!
A frase ficou pairando no ar sobre as nossas cabeças, que escutavamos...
E esta lembrança "acordou" meu lado pratico virginiano que, previdente, ja tinha comprado, nao sò uma esterinha em bambu de um jogo americano, como tb o surimi e os pepinos, ja cheia de futuras segundas intençoes! Faltava sò e exclusivamente o principal, a coragem.
Pq meu lema, mm que nao o queira é: do futuro ninguém sabe! Dado que sei, até, preparar um fermento biològico para fazer pao, no caso de uma necessidade hipotètica...
E dai, aconselho todo mundo que nao tenha ainda tentado, de ousar desbravar estes mundos desconhecidos.
E, neste caso especifico, tb ficar treinando depois, a fim de conseguir deixar o recheinho bem no centro da coisa, por exemplo.
Pq a esteira eu ja vi que é essencial para o processo e que 3 colheres de sopa cheias do arroz, daquele apropriado, sao a conta para um rolinho perfeito.
E, se vcs nao me acreditam, confiram nas fotos.
Para uma primeirissima vez, creio que obtive um resultado muito satisfatorio.
...ou vcs nao acham...!?






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